Educação no Campo
Este tema foi acentuado com a discussão e aprovação da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº .9394 de dezembro de 1996), propõe em seu Artigo 28, ,que os sistemas de ensino promova as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Essa é uma mudança que se faz necessária, pois por volta de 1946 a Educação no Campo era muito desestimulante tanto para aluno como para o professor. Além de ensinar a professora era faxineira e merendeira, pode ser por falta de tempo que a sala era dividida por turmas com idades variadas e com péssimas condições de infra-estrutura e material didático.
Mas hoje temos que ter um olhar diferente para a educação do campo, um olhar como direito. Direito universal, humano e social. Que apresente, também, um outro desdobramento importante: pensar uma política de educação que se preocupe, também, com o jeito de educar quem é sujeito desse direito, de modo a construir uma qualidade de educação que forme as pessoas como sujeitos de direito.Respeitando o conhecimento de mundo dos alunos, sua bagagem , principalmente suas necessidades de ensino, partir do principio de assuntos pertinentes as vivencias e coerentes com os anseios e necessidades dos aluno, trabalhar com temas que sejam interessantes e integrados com as necessidades não só educacionais, mas sociais, culturais e pertinentes a realidade. Trabalhando dessa maneira o professor fará com que todos os alunos se interessem, se empenhem e abra um leque de possibilidades para o professor trabalhar o mesmo tema, mas proporcionando um processo de aprendizagem distinta para cada aluno.
Os dados de 2006 do IBGE mostram que a escolaridade média da população de 15 anos ou mais que vive no meio rural brasileiro, de 3,4 anos, corresponde à quase metade da estimada para a população urbana, que é de 7,0 anos. Se os índices de analfabetismo do Brasil são bastante elevados, no meio rural esses indicadores são ainda mais preocupantes. Segundo o IBGE, 29,8% da população adulta – 15 anos ou mais -, que vive no meio rural é analfabeta, enquanto no meio urbano essa taxa é de 10,3%.
Esses dados com certeza poderão ser mudados, principalmente se o governo investir realmente na Pedagogia da Alternância, levando em consideração “ o respeito a necessidade peculiar da época da colheita, considerando assim a realidade do aluno e de seus familiares; o envolvimento dos pais no processo educacional, o que favorece a qualidade; a valorização e incentivo da vida no campo; os conteúdos relacionados ao campo que são trabalhados; a grande motivação e interesse ocasionado pelas atividades práticas significativas; a consideração do contexto em que o aluno está inserido” Profª Karina Perez Guimarães Viscardi .
Um tratamento mais público na educação do campo poderá ser a garantia de novos tempos para a história da educação. Reconhecida no terreno dos direitos universais, de todo ser humano e assumido como dever do Estado, a educação dos diversos povos do campo poderá ser construída em novas bases.
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